Na manhã deste sábado, 12, familiares do pequeno Vitor, vítima fatal do ataque à Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, lideraram uma caminhada pelas ruas do município. Junto a pais de alunos e moradores, exigiram justiça, mais segurança e respostas claras do poder público — incluindo questionamentos sobre o número real de crianças feridas, que, segundo pais, são mais de 10 crianças. Com cartazes, o grupo seguiu da frente da escola e caminhou pelas ruas da cidade.
“Protegeram o agressor enquanto nossas crianças sangravam”
Os manifestantes criticam duramente a postura de agentes públicos apo?s o ataque. Segundo uma mãe, enquanto as vítimas precisavam de ajuda, o agressor foi “protegido”, escoltado e colocado na ambulância — atitude que, para eles, foi chocante e inaceitável. Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que o agressor é levado para dentro de uma ambulância da Secretaria de Saúde do município, nas imagens também aparece o então Secretário de Saúde, que é tio do agrassor, gritando: “Ninguém vai bancar o herói aqui, ninguém vai bater em ninguém!”. Logo após, Vítor é colocado na maca, desacordado. Só após populares retirarem o agressor do interior da ambuância, o pequeno Vítor foi devidadente socorrido.
A tragédia poderia ter sido ainda pior não fosse a intervenção heroica de três figuras que se colocaram na linha de frente:
Professora Patrícia Zanoni Sbeghen, que se colocou entre o agressor e as crianças, recebendo facadas enquanto protegia os alunos.
Zelador Luis Carlos dos Santos, o “Tio Pelé”, que também interviu para conter o agressor e ajudou na evacuação da escola.
Mecânico Kauê Xavier, entrou na sala onde estava o agressor e levou Vítor para fora da sala.
Outras pessoas também ajudaram após o ataque, vizinhos que acolheram as crianças, além de pessoas que foram até o local.
Governador Eduardo Leite prometeu reforço na segurança das escolas e afirmou que “nada é mais inaceitável do que a violência atravessar os muros das nossas instituições”. Já o Ministério da Educação enviou equipe para apoio psicológico às vítimas.
Segundo a Prefeitura Municipal de Estação, cada escola vai ter dois policiais militares na porta e patrulhamento reforçado do lado de fora. Também prometeram investir em tecnologia pra tentar evitar novas tragédias.