Uso de máscara reduz chance de infecção por coronavírus em 87%, diz estudo de universidades do RS || 100e7 FM - A Rádio do Seu Coração
Rakim
SAÚDE

Uso de máscara reduz chance de infecção por coronavírus em 87%, diz estudo de universidades do RS


POR: G1 RS
06-03-2021 - 08:38
COMPARTILHAR
icon-facebook icon-twitter icon-whatsapp

Um estudo aponta que o uso de máscara reduz as chances de infecção por coronavírus em até 87%. O trabalho foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade das Ciências da Saúde (UFCSPA), da Unisinos e da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde da Capital (SMS).

O artigo está em fase preprint, ou seja, ainda não foi revisado por pares, mas foi submetido à revista científica Emerging Infectious Diseases, dos Estados Unidos, e divulgado nesta sexta-feira (5).


"Tem uma redução de quase a totalidade da chance de infecção. Isso, por si só, tem um valor importante. Não é 100% porque não avaliamos questões específicas, como o tipo de máscara, a quantidade de máscaras".

"Mostra que a utilização, comparando uma população que se infectou com outra que não se infectou, a diferença desse risco é de 87%, o que é bastante considerável", diz o professor da Faculdade de Medicina da UFRGS Marcelo Gonçalves.

A partir de uma lista com 3.437 pacientes com diagnóstico positivo para Covid-19 fornecida pela SMS, os pesquisadores fizeram uma triagem e ficaram com um grupo de 271 pessoas. O objetivo era excluir profissionais da saúde, que estão necessariamente mais expostos ao vírus, e pessoas que moravam fora de Porto Alegre.

Para este grupo, eles aplicaram um questionário com perguntas sobre uso de máscaras, grau de adesão ao distanciamento social e frequência de atividades fora de casa.


Depois, formaram um grupo de controle com outros 1.396 moradores da Capital testados na Epicovid — pesquisa de prevalência do coronavírus desenvolvida desde o ano passado pela UFPel — e, novamente, aplicaram as mesmas questões.


Por fim, entre as diversas análises, concluíram que a máscara representou 87% menos chances de contrair a Covid-19 a quem usou, do que a quem não fez uso dela em períodos e condições semelhantes, entre final de abril e junho de 2020.


"Não fazer isto é manter uma marcha para o colapso completo do sistema de saúde, com um aumento no número de mortes sem precedentes. Enquanto não temos vacina para todos, precisamos manter o distanciamento social e uso de máscara em todas as situações", afirma Gonçalves.


Em um documento divulgado em 20 de fevereiro, os integrantes do Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento à Pandemia do governo do estado ressaltam a necessidade do uso das máscaras, independentemente do material, desde que estejam colocadas de maneira adequada.


"Algumas opções são duas máscaras de pano, uma máscara cirúrgica com máscara de pano por cima ou uma máscara do tipo PFF2 com selo do Inmetro. O importante é que ela seja bem colocada, tapando o nariz e a boca e não deixando vazar ar. Para caminhar ao ar livre, em locais sem aglomeração, pode ser usada uma máscara simples", cita o comitê.


A pesquisa também sugere que pessoas que aderem moderada a intensamente ao distanciamento social têm entre 59% e 75% menos chances de contrair o coronavírus.


O comitê também recomenda manter distanciamento mínimo de dois metros e dar preferência a ambientes ao ar livre ou bem ventilados.

MAIS LIDAS DA SEMANA

MAIS LIDAS DA SEMANA

VER MAIS NOTÍCIAS

OPINIÃO