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Inter refaz cálculos e projeta déficit de R$ 63 milhões em 2020


POR: GE/Eduardo Deconto
21-09-2020 - 17:50
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SC Internacional/Divulgação

O Inter já sabe o tamanho exato do impacto da pandemia do coronavírus em suas finanças em um ano com paralisação do futebol e jogos sem público. O clube refez os cálculos do planejamento orçamentário com um acréscimo de R$ 50 milhões no déficit projetado em 2020.


Nos primeiros meses do ano, a diretoria colorada projetava um déficit de pouco mais de R$ 13 milhões. A nova projeção estima que o prejuízo será de mais de R$ 63 milhões em 2020 - são exatos R$ 63.118.872.


O Inter projeta uma redução de R$ 46.513.623,77 nas receitas do ano. Este número equivale a 13,6% do valor planejado ao início do ano.


O clube espera ter em R$ 295.479.783 em receitas em 2020. O planejamento inicial era de R$341.986.783.


O novo planejamento orçamentário será apresentado pela diretoria colorada ao Conselho Deliberativo em reunião marcada para o próximo dia 30. O ge teve acesso à integra do documento assinado pelo presidente Marcelo Medeiros.


Na apresentação do cenário financeiro, a diretoria cita a pandemia do coronavírus e afirma que "apesar das iniciativas da gestão em buscar alternativas para a redução de custos e despesas, estas não foram suficientes para reduzir este impacto".


Pandemia e queda de receitas

O clube projeta uma redução de mais de R$ 60 milhões no faturamento em 2020. O número projetado cai de R$ 397.002.571 para R$ 336.765.571.


A projeção é de queda de receitas em nove das 13 rubricas de atividades do clube previstas no planejamento. A arrecadação de jogos, claro, é o item mais impactado, com queda de R$ 14,5 milhões no projetado: de R$ 18.087.000 para R$ 3.587.000



O Inter também espera faturar menos com negociações de atletas. O valor estimado para 2020 caiu de R$ 95 milhões para R$ 80,1 milhões.


O mesmo vale para as receitas de quadro sociais. A estimativa é de receber R$ 19.581.000 a menos do que o projetado no início do ano. A cifra foi reduzida de R$ 89.992.680 para R$ 70.411.680.


O único item em que há projeção de acréscimo de receita são as cotas de televisionamento - de R$ 1,5 milhão. O Inter projeta receber R$ 136.568.580 com direitos de TV.


Corte em despesas e aumento no futebol

Desde a paralisação do futebol, o Inter adotou uma série de medidas de cortes de gastos. A mais severa delas envolveu a demissão de 44 funcionários. O presidente emitiu uma normativa para reduções de 30% nos custos em todos os departamentos.


E essas ações se refletem no planejamento orçamentário. No documento, a diretoria apresenta uma nova projeção com reduções de despesas administrativas na ordem de R$ 15.507.047,59. O valor projetado baixou de R$ 77.614.393,17 para R$ 62.107.345,58.


Mas o futebol teve um acréscimo de R$ 7,7 milhões nas despesas projetadas para 2020. O Inter esperava gastar R$ 255.811.438 com o seu principal departamento no início do ano. Hoje, os custos estimados são de R$ 263.566.438.


Mas deste valor, R$ 21 milhões são referentes a baixa de direitos federativos e amortização de atletas - que fogem do "controle" da gestão. O Inter conseguiu reduzir em R$ 3 milhões o custo com empréstimos de jogadores e em R$ 2,5 milhões os custos com logística no futebol.


Mesmo com o reajuste, o orçamento do futebol em 2020 é cerca de R$ 20 milhões menor que o de 2019. No ano passado, o Inter tinha R$ 283.071.124 à disposição do principal departamento.


O futebol feminino também teve aumento nas despesas para o ano: de R$ 1.968.360,02 para R$ 3.840.294,57.


O Inter registrou déficit de quase R$ 100 milhões nos primeiros sete meses de 2020. Este número irá cair no segundo semestre, com as receitas da venda de Bruno Fuchs, premiações e cotas de TV.


Confira os reajustes projetados:

Assessoria Jurídica: de R$ 3.248.407 para R$ 2.990.490,08 - Redução de R$ 257.916,92

Gabinete da Presidência: de R$ 1.545.250,08 para R$ 1.402.191,30 - Redução de R$ 143.058,78

Planejamento: de R$ 457.194,08 para R$ 207.947,73 - Redução de R$ 249.246,35

Administração: de R$ 20.560.191,12 para R$ 12.102.044,49 - Redução de R$ 8.458.146,63

Patrimônio: de R$ 27.721.053,23 para R$ 25.766.773,95 - Redução de R$ 1.954.279,28

Financeiro: de R$ 3.064.565.99 para R$ 2.239.878,53 - Redução de R$ 672.687,46

Parque Gigante: de R$ 3.312.307 para R$ 2.659.110,75 - Redução de R$ 653.196,25

FECI e Esportes Amadores: de R$ 1.115.125 para R$ 895.163,97 - Redução de R$ 219.961,03

Conselhos: de R$ 475.615,04 para R$ 352.899,87 - Redução de R$ 122.715,17

Ouvidoria: de R$ 340.912,84 para R$ 300.872,39 - Redução de R$ 40.040,45

Genoma: de R$ 161.040,07 para R$ 122.426,64 - Redução de R$ 38.613,43

Negócios estratégicos: de R$ 22.845,96 para R$ 3.180,57 - Redução de R$ 19.665.39

Central de Atendimento aos Sócios: de R$ 2.302.351,99 para R$ 1.561.445,27 - Redução de R$ 740.906,72

Tecnologia de Informação: de R$ 5.979.979,89 - R$ 3.63.698,32 - Redução de R$ 2.343.281,57

Recursos Humanos: de R$ 1.542.106,99 para R$ 1.284.089.84 - Redução de R$ 258.017,05

Relacionamento Social: de R$ 2.671.553,98 para R$ 2.291.501,50

Futebol Feminino: de R$ 1.968.360,02 para R$ 3.840.294,57 - Aumento: R$ 1.871.934,55

Museu: de R$ 1.125.532,89 para R$ 535.726,60 - Redução de R$ 589.806,29

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